5 de abr. de 2011

Inhumas


Município de Inhumas
 
Vista da Cidade
           
            Bandeira                                                                               Brasão 

Data de Emancipação: 19/01/1931
Município de Origem: Itaberaí
Aniversário: 19/03
Gentílico: Inhumense
Prefeito 2009/2012: Abelardo Vaz Filho (PP)
CEP: 75.400-000

Localização
Mesorregião:  Centro Goiano
Microrregião: Anápolis
Municípios Limítrofes: Itauçu e Petrolina de Goiás (N), Damolândia e Brazabrantes (L), Goianira e Caturaí (SE), Araçu e Itauçu (O).
Distância até a Capital: 45 km

Características Geográficas

Área: 613,349 km² (GO: 142°)
População: 48.580 habest. 2011  (GO: 21°)
Altitude: 770 m

Indicadores

IDH: 0,765 est. 2000 (GO: 46°)
PIB: R$ 285.003.000,00 est. 2005 (GO: 25°)

Histórico

             Situada as margens da Estrada Real, estrada que levava a cidade de Goiás, então capital da província, Inhumas surgia com o nome Goiaberia. Por ser ponto de descanso para tropeiros, o vilarejo surgiu a partir da referência de um extenso goiabal, o que mais tarde se tornou uma fazenda de gado.
             Devolutas, as terras no interior goiano, eram apropriadas sem nenhum rigor da lei. Assim, foram sendo utilizadas em Inhumas duas forças de trabalho: a do agregado e a do posseiro. No entanto poucos posseiros requeriam em Goiás as concessões de terras ou sesmarias. Em Goiabeira (Inhumas), esse  aspecto seria conseqüência das condições impostas aos requerentes, os quais, ao receberem a concessão, deveriam cultivar a área recebida em dois anos.
          Poucos tinham condições para  cumprir essas exigências, preferindo ficar sem a escritura de suas posses, o que posteriormente geraria conflitos, principalmente quanto à demarcação das propriedades. 
            Pela falta de registros da Fazenda Cedro talvez ocorrido por conflitos pela posse da terra ou pela inviabilidade de seu dono de torná-la produtiva em dois anos sob pena de perdê-la, os documentos oficiais de registros apontam a fazenda Goiabeira de Félix Rodrigues, como a origem de Inhumas.
           As terras foram adquiridas por Félix Rodrigues ao comprar uma parte da fazenda Cedro e a registrou com a denominação de  "Goiabeira" em 20 de Setembro de 1858. O custo das terras foi de 40$000 (quarenta mil réis), cuja extensão compreendia uma légua em comprimento e largura, localizada à beira da Estrada Nova (caminho para a Província de Goiás), entre terras ocupadas por João Ramos, ao nascente, José da Barra, ao poente, pelo córrego Cemitério, ao sul e ao norte, com terras devolutas”.
          A fazenda Goiabeiras passou a ser distrito em 27 de março de 1896,  pela Lei nº 04, quando o então intendente (prefeito) de Curralinho (hoje Itaberaí), Cel. Antônio Primo de Faria nomeou o sub intendente do  povoado de Goiabeira  (vice-prefeito) Sr. Virgíneo Pereira Cunha. O presidente do  Conselho Municipal João Elias Caldas, promulgou a lei nº 40, de 02/12/1908, alterando o nome de Goiabeira para Inhumas. A escolha deu-se pela existência desta ave na região.
          Com a morte de Vicente Bueno Fernandes, político local, seus adversários políticos conseguiram a suspensão do Distrito de Inhumas do Município de Itaberaí pela lei municipal nº 50, de 11/12/1909. E o Distrito voltou à simples povoado. Situação que só seria retomada em 23/11/1912 quando o Conselheiro Francisco de Paula Mendonça apresentou projeto de Lei restaurando o Distrito de Inhumas aprovado e sancionado em 09/01/1913 pelo Intendente de Itaberaí, Cel. Antônio Gardêncio Garcia, e a condição definitiva de distrito.
           Pelo decreto nº 31 de 27 de janeiro de 1930, Inhumas foi elevada, a Vila, graças aos esforços dos Srs. Sizelísio Simões de Lima, Elpídio Luiz Brandão, Sebastião Almeida Guerra, José de Freitas Borges e Cesário Silva, processo que iniciara desde 1926, contexto da Revolução de 1930. Em 1930, Pedro Ludovico Teixeira, interventor Federal no Estado de Goiás, assina o Decreto Estadual nº  602, de 19/01/1931 tornando Inhumas município, estando nomeado em 03/1931 como primeiro prefeito constitucional o então Cel. José Rodrigues Rabelo.
          Com o trabalho de todos e em especial de imigrantes sírios-libaneses, espanhóis, italianos, japoneses e portugueses Inhumas destacou-se em 1930 como "Princesinha do cerrado".  Região de terra roxa reserva de mata cultivável, ótima para a cultura do café, muito valorizada nesse período, despertou grande corrente imigratória, principalmente com a chegada da ferrovia até Anápolis e a proximidade à capital Goiânia.
           A marcha para o Oeste promovida pela revolução de 1930 fortaleceu o interesse dos imigrantes pelas terras inhumenses. Os sírio-libaneses (família Asmar, Sahium, Raiza, Chalub, Mahmud, Gebrim, Charter, Sebba, Nacruht...) os responsáveis diretos pela abertura do comércio na rua princpial – Rua Goiás: construíram os primeiros sobrados, chamados bungalows, que por lei estava determinado que sua construção isentava de IPTU seus proprietários.
         A colônia japonesa (Família Watanabe, Momonuke...) dedicou-se exclusivamente a horticultura, mudando acentuadamente os modos alimentares da comunidade. Em menor número, aparecem os italianos com participação especial, na formação sócio-econômica. Dedicados à agricultura, desbravaram matas, cultivaram o café; e ocupam terras na região mais nobre de Inhumas, o Serra Abaixo. Topografia que lembra regiões da Europa da a elevação dos morros. Apesar das dificuldades encontradas, os italianos,(Famílias, Qualhato, Serravali, Balestra, Quintanilha, Jácomo...) inseriram-se no contexto municipal participando inclusive das decisões políticas, o que pode-se perceber ainda hoje. A família Vila Verde (descendente dos espanhóis...) se fixou numa grande faixa de terras, conhecida como Serra Abaixo, cultivaram o café. Assim como os demais imigrantes, os portugueses dedicaram-se a cafeicultura (Família Pires). 
           Quando ainda era distrito de Município de Itaberaí, de 1896 a 1931, Inhumas foi governada por subintendentes nomeados pelo Poder Executivo daquela cidade. Depois de emancipada, Inhumas, foi dirigida por prefeitos municipais, no início nomeados pelo governo estadual e, depois, eleitos diretamente pelo povo.
 Fonte: IBGE

Origem do nome

                A cidade se chamava Goiabeiras em referência de um extenso goiabal que existia na localidade. Em 1908 recebeu o nome Inhumas. Este nome, aliás, mais sugestivo e apropriado, nasceu do espírito influente do saudoso jornalista Moisés Santana que assim quis perpetuar na lembrança de todos o fato curioso de só aqui até então serem encontradas as taciturnas e interessantes inhumas ou anhumas, aves de porte elegante,  quase negras, cujo canto desperta profunda nostalgia.
             Ao chegar-se às redondezas da cidade,  ouve-se logo o canto gutural dessa ave de beira-brejos, como se fora para saudar o viajante que imediatamente procura buscá-la nas grimpas das árvores. 


Formação Administrativa
  
  • Distrito criado com a denominação de Goiabeiras ex-povoado, pela lei municipal nº 04, de 27-03-1896, subordinado ao município de Curralinho.
  • Pela lei municipal n° 40, de  02-12-1908, o distrito de Goiabeiras passou a se chamar Inhumas.
  • Pela lei municipal nº 50, de 11-12-1909 é extinto o distrito de Inhumas e anexado ao distrito sede de Itaberaí.
  • Distrito criado com a denominação de Inhumas ex-povoado, pela lei municipal nº 80, de 09-01-1913, subordinado ao município de Curralinho.
  • No quadro de Apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o distrito de Inhumas, figura no município de Curralinho.
  • Pela lei estadual nº 762, de 05-08-1924, de o município de Curralinho passou a denominar-se Itaberaí.        
  • Elevado à categoria de município com a denominação de Inhumas, pelo decreto estadual nº 602, de 19-01-1931,  desmembrado de Itaberaí. Sede no antigo distrito de Inhumas. Constituído do distrito sede. Instalado em 19-03-1931.
  • Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede.
  • Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
  • Pelo decreto-lei estadual nº 8305, de 31-12-1943, é criado o distrito de Caturaí ex-povoado de Santo Antônio de Pádua e anexado ao município de Inhumas.
  • Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Inhumas e Caturaí.        
  • Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1955.           
  • Pela lei estadual nº 2132,  de 14-11-1958, desmembra do município de Inhumas o distrito de Caturaí. Elevado à categoria de município.
  • Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.
  • Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2010.
Fonte: IBGE

Distritos e Povoados

O município de Inhumas possui os seguintes núcleos urbanos:

Povoados:
  • Santa Amália
  • Vila Quilombo

Página da Prefeitura



Mapa do Município

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